Integrantes do Governo do Estado, Ministério Público e Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul assinarão um convênio nesta terça-feira (5/9), no Palácio Piratini, com intuito de incentivar a implementação de casas de detenção a partir da metodologia de Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs). O objetivo é formalizar as intenções das entidades para determinar as funções de cada um dos órgãos na instalação de APACs no Estado.
A metodologia APAC já é implementada em vários estados do país, mas até o momento, nenhum local do Rio Grande do Sul tem presos sob o regime. O modelo é considerado mais humanizado, e o apenado é obrigado a estudar ou trabalhar. Os próprios internos são responsáveis por vigiar outros internos e pela limpeza e manutenção dos espaços. Conforme as autoridades, há ampla necessidade de que a comunidade e familiares apoiem os presos, por isso é formada uma associação.
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O grau de reincidência dos presos em APACs é de 15%, enquanto no modelo de presídios tradicional, o percentual chega a 70%. Essa modalidade abriga, em média, de 100 a 200 apenados, e o sistema tenta manter os internos próximos à cidade em que reside a família.
O perfil de presos destinados para a APAC deve ser selecionado pelas autoridades, e o recuperando deve requisitar se submeter ao método. Apenados de outras APACs devem vir ao Rio Grande do sul para explicar o método a quem se interessar.
Pio Buck ainda não tem data para ser entregue para APAC
Apesar do acordo, não há informações sobre quando o governo do Estado vai ceder o prédio do Instituto Prisional Pio Buck para a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados em Porto Alegre. Atualmente, o espaço é usado pelas autoridades para detenção provisória de presos que aguardam vaga no sistema prisional. Após o governo gaúcho entregar o Pio Buck para a APAC da Capital, será feito um estudo para determinar investimentos a serem feitos no prédio antes da implementação do sistema.
APAC
Convênio será assinado para incentivar implementação de método mais humanizado no sistema penitenciário gaúcho
No novo modelo, presos são responsáveis por vigiar outros internos e pela limpeza e manutenção dos espaços
Eduardo Paganella
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