A defesa de André Friedrich solicitou à Polícia Civil para que ele seja novamente interrogado pelos investigadores de Canoas. Friedrich foi preso preventivamente depois de confessar ter mandado matar a mulher, Andressa Ellwanger Friedrich, 25 anos, na noite do último sábado, no que parecia ser um assalto.
De acordo com o advogado Mateus Marques, o depoimento do seu cliente foi irregular.
– Ele foi ouvido na condição de investigado, sem saber, e sem a presença de um advogado. Isso jamais poderia acontecer – afirma o defensor.
Leia também:
"Ele não queria que ela morresse", diz advogado do marido de corretora assassinada em Canoas
Antes de ser preso pela morte da mulher, Friedrich pediu "justiça"
Segundo Marques, seu cliente foi chamado à delegacia para prestar esclarecimentos como testemunha. Depois de oito horas de interrogatório, os agentes chegaram à conclusão do crime planejado.
– Restaram muitas dúvidas sobre diversos pontos divulgados pela polícia. Não vou entrar no mérito do caso, mas é fato que o André não tinha a intenção de matar a esposa – garante o advogado.
Conforme a investigação, ele teria contratado o atirador – também já preso – por R$ 10 mil. Ouvido pela polícia, o marido chegou a afirmar que a sua intenção não era matar Andressa, mas "dar um susto".
A força-tarefa organizada pela polícia para investigar o crime ainda trabalha com a hipótese da existência de um terceiro envolvido no assassinato.De acordo com o delegado Thiago Bennemann, no entanto, ainda não há nenhum dado concreto sobre este suposto participante.
O advogado deve entrar com pedido de liberdade de Friedrich nos próximos dias.
