Agentes da 3ª Delegacia de Homicídios e Proteção e Pessoa (3ª DHPP) investigam a possibilidade de Marlon Roldão Soares, assassinado na manhã desta segunda-feira, dia que completou 18 anos, ter sido morto por engano, no Terminal 2 do aeroporto Salgado Filho.
O alvo dos criminosos seria um dos jovens que estava com ele, com passagem pela polícia e que teria envolvimento com uma facção criminosa que atua na Vila Jardim, na zona norte de Porto Alegre. Os suspeitos do crime foram identificados por câmeras de vigilâncias. Eles fariam parte de um grupo rival ao da Vila Jardim, que tenta dominar a região.
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Os assassinos teriam escolhido o Salgado Filho, local de intensa movimentação de pessoas, com segurança federal e vigiado por dezenas de câmeras, como lição para vítima, provar que não existe lugar onde os desafetos estão à salvo.
– Pode ter sido uma forma de intimidação. Uma espécie de demonstração de força – avalia o delegado Adriano Melgaço, responsável pelas investigações.
Essa hipótese ganhou relevância após o delegado ouvir uma série de depoimentos e confirmar que Marlon não tinha antecedentes criminais. Inicialmente, a polícia suspeitava de que a execução do jovem com 17 tiros fora motivada por uma relacionamento amoroso. O delegado evita maiores detalhes sobre o caso para não atrapalhar as buscas aos criminosos.
O crime causou grande tumulto porque o local estava lotado de torcedores do Grêmio, esperando pelo desembarque do técnico Renato Portaluppi.