
Foram liberados os R$ 35,4 milhões, que estavam bloqueados desde o início do mês, para subsídios de dois hospitais de Porto Alegre. No começo de dezembro, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) tiveram o valor retido pelo Governo Federal através do Ministério da Economia. A restrição fazia parte da medida anunciada em novembro, quando a pasta informou o contingenciamento adicional de R$ 5,72 bilhões do orçamento de 2022 para cumprir o teto federal de gastos.
No GHC, R$ 19,7 milhões foram liberados na última sexta-feira (23). O custo mensal do grupo é de cerca de R$ 18 milhões, que inclui o funcionamento do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital Fêmina, Hospital Conceição Infantil, Hospital Cristo Redentor, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar e 12 postos do Serviço de Saúde Comunitária. A verba no Grupo é usada para aquisição de materiais médicos, medicamentos e pagamento dos serviços contratados pelo Grupo:
— Sempre em dezembro adquirimos materiais, insumos e medicamentos para dois meses: dezembro e janeiro, em virtude da virada do ano e fechamento de orçamento. Estávamos com estoque baixo de diversos itens. No Hospital Nossa Senhora da Conceição, por ser o maior, estávamos planejando diminuir alguns procedimentos — afirma o Diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira.
De acordo com a direção do GHC, nenhum serviço ficou restrito por causa da falta do dinheiro. O Grupo concentra 1,5 mil leitos nos quatro hospitais, onde faz 55 mil internações por ano; são cerca de 4 milhões de exames e 30 mil cirurgias anuais.
O HCPA teve sua verba bloqueada em 16 de dezembro. Foram liberados R$ 15,7 milhões, que são usados para custeio das chamadas despesas discricionárias, que incluem contratos de prestação de serviço, materiais médicos, de limpeza e higiene e medicamentos. Conforme a assessoria de imprensa do Clínicas, os pagamentos estão todos regularizados com os fornecedores e não há prejuízos para a população.