Levantamento realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), com base nos registros feitos pelas prefeituras, mostra que pelo menos 230 mil doses de reforço da CoronaVac não foram aplicadas dentro do prazo estipulado pelo fabricante (duas a quatro semanas após a primeira) ou ainda não foram reportadas oficialmente pelos municípios ao sistema do governo do Rio Grande do Sul.
A falta de reserva da segunda dose e o recente atraso da chegada da matéria-prima da China para a produção dos imunizantes no Instituto Butatan podem ter contribuído para o déficit. A CoronaVac ainda é a vacina mais aplicada no RS, com 1.590.180 imunizados com a primeira dose.
O Instituto Butantan informou que com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado no fim de maio será possível realizar o repasse de novas doses ao Ministério da Saúde na primeira quinzena de junho, porém, ainda não há data marcada para a entrega. Como realizado das outras vezes, o produto está passando por avaliação técnica e aguarda o aval do setor de controle de qualidade para ser liberado.
A última entrega da CoronaVac ocorreu no dia 19 de maio, com a distribuição de 1 milhão de doses para 12 Estados que registravam, na ocasião, falta de doses de reforço do imunizante. O Rio Grande do Sul recebeu 251 mil doses naquele dia.