Estudo publicado na quarta-feira (30) no New England Journal of Medicine confirmou a eficácia de 94,1% da vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório Moderna. O imunizante, chamado de mRNA-1273, já está sendo aplicado nos Estados Unidos desde o último dia 19.
"Além de reações locais transitórias e sistêmicas, nenhuma preocupação de segurança foi identificada", diz trecho do estudo, que afirma ainda que o índice de 94,1% é observado mesmo em casos de doenças graves.
O percentual é o mesmo que foi atestado pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) em 15 de dezembro, quando o órgão aprovou o uso emergencial da vacina. A eficácia também havia sido divulgada pela própria farmacêutica em 30 de novembro.
Os testes envolveram mais de 30,4 mil voluntários, em 99 localidades americanas. O estudo, iniciado em 27 de julho, continua em andamento, com a observação dos participantes.
O imunizante da Moderna usa uma tecnologia inédita no mundo — assim como o da Pfizer. Esse modelo não usa produtos biológicos, apenas sintéticos, e tem possibilidade de produção em maior escala.
Em contrapartida, por se tratarem de material genético, exigem temperaturas muito baixas para serem mantidos, dificultando sua implementação em programas de saúde de países como o Brasil. O imunizante da Moderna, no entanto, larga na frente da Pfizer: pode ficar por até um mês refrigerado.