A norte-americana Moderna anunciou, nesta segunda-feira (30), que a análise primária de sua vacina contra covid-19 apontou eficácia de 94,1%. A farmacêutica informou também, em comunicado, que pretende ingressar ainda hoje com pedido de uso emergencial do imunizante nos Estados Unidos. Os resultados ainda não foram publicados em revista científica.
Conforme os dados apresentados, a fase três do estudo envolveu 30 mil voluntários. Desse total, houve registro de 196 casos positivos da doença, sendo 30 graves. A partir daí, os pesquisadores concluíram o percentual da eficácia (94,1%) e também o percentual de eficácia contra casos severos de covid-19, que chegou a 100%.
— Esta análise primária positiva confirma a capacidade da nossa vacina de prevenir a doença com 94,1% de eficácia e, mais importante, a capacidade de prevenir quadros graves. Acreditamos que nossa vacina fornecerá uma ferramenta nova e poderosa que pode mudar o curso desta pandemia e ajudar a prevenir doenças graves, hospitalizações e morte — disse, no comunicado, Stéphane Bancel, CEO da Moderna.
A partir desses dados, a Moderna confirmou que pretende solicitar ainda nesta segunda-feira o uso emergencial do imunizante para a Food and Drug Administration (FDA, órgão americano similar à Agência Nacional da Vigilância Sanitária, a Anvisa) e aprovação condicional da European Medicines Agency (EMA).
O imunizante da Moderna usa uma tecnologia inédita no mundo — assim como a da Pfizer. Esse modelo não usa produtos biológicos, apenas sintéticos, e tem possibilidade de produção em maior escala.
Em contrapartida, por se tratarem de material genético, exigem temperaturas muito baixas para se manter, dificultando sua implementação em programas de saúde de países como o Brasil. O imunizante da Moderna, no entanto, larga na frente da Pfizer: pode ficar por até um mês refrigerado.
Na semana passada, a Pfizer também informou que ingressou com pedidos de aprovação em várias agências regulatórias, incluindo FDA e Anvisa.