O cenário não poderia ser mais contrastante. Havia só uma nebulosidade leve no horizonte, o céu era de um azul coruscante e soprava uma brisa fraca, de 16 km/h. A temperatura, de 16ºC, também ajudava a manter dóceis os convidados sob o sol.
Se tivesse sido encomendado este 27 de setembro para a reinauguração do Cisne Branco, ninguém teria feito melhor. Um presente depois daquele trágico 29 de janeiro em Porto Alegre, quando o vento de mais de 100 km/h o adernou e o deixou fora de operação por oito meses pela primeira vez em 38 anos de atividade.
Nesta terça, no cais, a proprietária, Adriane Hilbig, circulava entre a imprensa e convidados com uma camiseta branca em que se lia a frase "Unidos pelo nosso Cisne Branco" e era só sorrisos e abraços na festa com tom de quermesse, com a Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul fazendo o fundo musical.
As arquitetas que projetaram a remodelação interna viraram madrinhas, com champanha quebrada no casco e tudo. Aberto para visitação na área interna, ainda se ouvem batidas na área inferior e se percebem muitos detalhes a serem concluídos, mas deve ficar tudo pronto até semana que vem, garante Adriane, quando o Cisne começará a navegar de verdade e, por alguns dias, fará passeios de graça pelo Guaíba em dois horários, para que o reencontro com a cidade se consolide mesmo. Tudo para esquecer o trágico 29 de janeiro. E começar de novo.