Após criticar duramente a alta de impostos anunciada pelo governo na semana passada, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, se reuniu neste domingo (23) durante quatro horas com o presidente da República, Michel Temer. Skaf deixou a residência de Temer no Alto de Pinheiros em São Paulo sem falar com a imprensa.
Na última quinta-feira a Fiesp divulgou nota assinada por Skaf afirmando estar "indignada" com a decisão da equipe econômica de aumentar impostos para tentar cumprir a meta fiscal de 2017. O governo elevou o PIS/Cofins sobre os combustíveis e espera arrecadar mais R$ 10 bilhões com a medida. A entidade criticou ainda o aumento de gastos do governo e afirmou que a alta dos tributos não vai resolver a crise, mas agravá-la ainda mais.
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Skaf é do PMDB, mesmo partido de Temer. Ele chegou à residência do presidente por volta das 13h30 e saiu às 17h30.
Além de Skaf, Temer recebeu neste domingo o economista e ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, e seu advogado, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. O advogado defende o presidente das acusações da delação da JBS. Recentemente ele declarou que Temer não cometeu crime e que a denúncia de corrupção passiva da Procuradoria-Geral da República é baseada em suposições.
A agenda de Temer neste domingo não previa compromissos.