O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse, nesta terça-feira (27), que a denúncia criminal contra o presidente Michel Temer (PMDB) não é motivo para que o partido deixe, neste momento, o governo peemedebista. O presidente foi denunciado por corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações da JBS. Doria, que está no Rio de Janeiro para participar de evento do jornal O Globo, defendeu que os deputados tucanos votem de forma única quando o assunto chegar à Câmara.
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– É uma decisão que cabe à Executiva Nacional do PSDB, é uma decisão partidária, se não, não faz sentido ter uma Executiva. Temos que proteger e amparar o Brasil. Não estamos aqui para proteger o governo Temer. O quadro se agravou, é uma realidade. (A denúncia) é um fato novo, é importante, por isso merece ser avaliada, discutida e votada – declarou o prefeito, defendendo também o direito à ampla defesa do presidente Temer, tanto quanto o tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Doria voltou a defender que o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) deixe o comando do partido, por conta dos inquéritos de que é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está licenciado do posto no partido desde o vazamento de gravações do empresário Joesley Batista que revelaram suposto pedido propina.
– Até para a sua própria proteção, eu defendo que ele deveria afastar-se da presidência do partido, não do partido, e permitir e estimular que seja eleita uma nova Executiva. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tem todas as condições de prosseguir, mas não mais como temporário, e sim presidente eleito.
Ele disse também que não concorda com a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sobre a convocação de eleições diretas para presidente este ano.