Quatro vereadores de Bento Gonçalves são acusados de se apropriar de parte dos salários de assessores. O Ministério Público da cidade ingressou com duas ações contra Adelino Cainelli (PP), Marcos Rodrigues Barbosa (PRB), Marlen Lucilene Pelicioli (PPS) e Vanderlei Santos (PP) por improbidade administrativa e extorsão de dinheiro. Outras quatro pessoas envolvidas também constam nas ações, que tramitam nas esferas cível e criminal.
As denúncias foram apresentadas pelos promotores Alécio Nogueira e Eduardo Lumertz. Conforme Alécio, as investigações começaram em 2010 com apenas um caso. Nestes últimos anos, foram recolhidas gravações, depoimentos e mensagens nas redes sociais. Alguns envolvimento tiveram, inclusive, o sigilo bancário quebrado. Os valores apropriados pelos vereadores variavam de dois terços até a metade dos salários dos assessores.
"Havia duas maneiras de praticar esse esquema. Em uma delas, a pessoa retirava o valor integral do salário e repassava parte para o vereador ou para alguém que ele (o vereador) mandou. Na outra, ao invés de passar mensalmente, ele passava todo o valor de uma vez só, contraindo um empréstimo e assumindo as prestações mensais", explica Alécio.
Os parlamentares podem perder os mandatos e ficar inelegíveis por oito anos. O vereador Cainelli emitiu uma nota nesta segunda-feira negando envolvimento no esquema. Barbosa, Marlen e Vanderlei disseram desconhecer as denúncias do MP.
Gaúcha
Vereadores de Bento Gonçalves são acusados de apropriação de salários de assessores
Ministério Público ingressou com ações por improbidade administrativa e extorsão de dinheiro
Juliana Bevilaqua
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