Reaberto em agosto do ano passado, após ficar oito meses fechado em função da pandemia, o Ecoparque de Caxias do Sul mantém o aspecto de abandono dos dias em que não recebia a população. A reportagem esteve no local nesta terça-feira (8) e constatou que alguns trechos de calçada chegam a desaparecer em meio a vegetação.
Localizado em frente ao Jardim Botânico, no Complexo Dal Bó, o parque tem área utilizável de cerca de 10 hectares e aos poucos volta a ser visitado com mais frequência pela população, principalmente aos finais de semana. Entregue em 2018, o empreendimento no bairro Nossa Senhora do Rosário custou R$4,5 mi.
Admiradora da natureza, a professora Luciana Santi, 50, frequenta seguidamente os parques de Caxias do Sul, mas ao levar o filho de oito anos para passear no final de semana se decepcionou com a situação do Ecoparque.
- Mato por tudo, nas calçadas, subindo nos bancos, é até perigoso, onde deveria ser mantido impecável para o bem estar de todos. A área dos pets estava completamente abandonada e em alguns lugares dava medo de caminhar.
Responsável pela manutenção do parque, a secretaria municipal do Meio Ambiente (SEMMA) admite a dificuldade em manter todo o espaço limpo. Segundo o responsável pela pasta, João Osório Martins, a área é muito ampla e um trabalho intensivo no local pode fazer com que outros pontos da cidade fiquem sem roçada.
— A gente vai fazendo conforme o mato cresce, e essa é uma época que cresce muito, se eu deslocar todo o pessoal pra lá, corre o risco de faltar para outras áreas da cidade.
Realizado em parceria com a Codeca o serviço de roçada é supervisionado pela SEMMA, que assim como outros setores públicos ficou desfalcado de servidores em decorrência da covid-19.
— Pra ti ter uma ideia, eu estava entrando e férias e meu substituto pegou covid, contou o secretário.
Durante a tarde desta terça-feira, servidores da Codeca iniciaram a roçada pelo parque pet. Os serviços irão continuar ao longo da semana.