A taxa de ocupação das UTIs da região de Caxias do Sul, que estava em 83% no início da manhã deste sábado (13), caiu para 78% por volta de 13h20min. O dado foi atualizado ao longo da manhã no sistema da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Na consulta mais recente, dos 193 leitos para adultos, 151 tinham pacientes internados. Com isso, Caxias é a terceira entre as 20 Regiões Covid-19, definidas pelo governo do Estado, com maior percentual de ocupação. O município da Serra fica atrás de Novo Hamburgo (92%) e Pelotas (85%).
A capacidade de atendimento na terapia intensiva é um dos indicadores do Estado para definir a bandeira que estabelece medidas mais rígidas ou mais frouxas em relação às atividades econômicas. Existe uma preocupação latente de que a região entre na bandeira vermelha ainda neste sábado. Por enquanto, está na laranja.
Na sexta-feira (12), o vice-prefeito de Caxias, Edio Elói Frizzo (PSB), pontuou que o município recorreu a recursos próprios para garantir mais vagas de UTI. O secretário de Urbanismo de Caxias, João Uez, salientou que, caso se efetive, a bandeira vermelha irá fazer retroceder a abertura de atividades econômicas, afetando inclusive o comércio, por exemplo.
— O impacto na economia da cidade seria monstruoso — resume.
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A boa notícia é que o número de leitos de UTI pode aumentar nos próximos dias na Serra. O sistema estadual ainda não contabiliza oito leitos no Hospital Arcanjo São Miguel, de Gramado, e outros cinco no Hospital São Carlos, de Farroupilha. Ambos tiveram as vagas habilitadas pelo governo federal nesta semana e estão com as estruturas praticamente prontas para entrarem em funcionamento.
O presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) e prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda (PP), avalia que as administrações municipais da região têm se mobilizado para fazer com que os atendimentos de saúde não se tornem precários. Cita a atuação de prefeituras que têm comprado leitos na rede particular, como Caxias e Bento, que recebem pacientes também de outras cidades, e não descarta a possibilidade de articular para que municípios menores contribuam financeiramente para a aquisição das vagas.
— Cada município está fazendo o melhor que pode, colocando tudo que pode, monitorando conforme os protocolos. O que acontece é uma situação desconhecida ainda de como enfrentar — diz.
Na região, a taxa de uso de respiradores, um dos principais recursos necessários para tratar a covid-19, está em 45,6%. Dos 193 disponíveis em UTIs, 88 estão sendo ocupados. Este indicador estava em 44% no início da manhã. A região contabiliza um total de 378 respiradores, conforme a SES.
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