O futuro presidente da Câmara de Vereadores, Ricardo Daneluz (PDT), que toma posse no próximo dia 2 de janeiro, acredita que o desfecho do processo de impeachment do prefeito Daniel Guerra ocorra ainda em 2019. Se a votação ficar para janeiro do próximo ano e ocorrer o impeachment, ele assume como prefeito até a realização de eleição indireta. Porém, segundo ele, se assumir a prefeitura, será "por alguns dias".
Daneluz também afirma que o prefeito que sairá dessa eleição indireta será um vereador. Ele fez as afirmações em entrevista à rádio Gaúcha Serra, nesta sexta-feira (13).
— Essa questão de uma possibilidade de um impeachment, eu penso que esta votação vai acontecer ainda neste ano, mas na eventualidade de termos que assumir por alguns dias a prefeitura de Caxias do Sul, seria num período até se fazer uma nova eleição dentro da Câmara de Vereadores. Se isso acontecer, vamos fazer isso com muita dedicação e muito trabalho pela nossa Caxias do Sul, que é o que temos feito como vereador até o momento.
A emenda à Lei Orgânica Municipal, aprovada pela Câmara na terça-feira (10), diz que vagando os cargos de prefeito e vice-prefeito, a eleição indireta deve ser realizada no prazo de até 30 dias.
— Não sei dizer quanto tempo, porque é algo novo, nunca aconteceu em Caxias do Sul — acrescentou sobre no caso de ter que assumir.
— Penso eu que seriam alguns dias até essa eleição (indireta), uma semana, duas, até que se chame a eleição indireta para que algum dos vereadores seja eleito e toque adiante.
E frisou:
— Seria um dos 23 vereadores (o novo prefeito).
Participação
No projeto de emenda à Lei Orgânica, nada consta sobre a participação na eleição indireta. Porém, a informação é de que qualquer cidadão que preencha os requisitos para ser prefeito ou vice pode participar.
O vereador Elói Frizzo (PSB) informa: a partir de 21 anos, ter filiação política há um ano e estar há seis meses no último partido, estar em pleno exercício dos direitos políticos e ter domicílio eleitoral em Caxias do Sul.
O parecer da Comissão Processante do impeachment de Guerra será conhecido na próxima quarta-feira.
Nos bastidores nos meios políticos, as informações são de que a votação deve ocorrer antes do Natal, em sessão extraordinária.
Nomes
Havendo a cassação de Guerra em 2019, quem assume é o atual presidente Flavio Cassina (PTB). Seu nome já é considerado certo como o escolhido se for realizada eleição indireta. A dúvida é o vice.