Duas casas incendiadas no último final de semana na Estrada do Caracol, em Canela, são encaradas pela polícia como represália a possível morte do comerciante Silvio Peixoto, 48 anos. Ele está desaparecido desde o dia 7 de abril passado, quando teria saído de casa para visitar a namorada. Na última vez em que o comerciante foi visto, bebia em um bar acompanhado de conhecidos dele e principais suspeitos do desaparecimento.
Uma das casas que restaram totalmente queimadas pertencia a dois irmãos que estavam com Peixoto na noite do desaparecimento e colecionam passagens na polícia por receptação, roubos e furtos. A outra residência abrigava um menor de idade, também investigado por participar do possível assassinato do comerciante. As moradias estavam erguidas clandestinamente em uma área verde na localidade de Lageana, próximo da cascata do Caracol. A polícia esteve nas propriedades na última sexta-feira em busca de indícios do desaparecimento.
Na última quarta-feira, a camionete do comerciante foi encontrada incendiada próximo das casas dos suspeitos. Um dia depois, denúncias levaram a polícia até uma propriedade de São José da Grota, no distrito de Vila Oliva, em Caxias do Sul, onde Peixoto pode ter sido incinerado em uma estufa desativada para a secagem de fumo de corda.
- No dia 24, nós encontramos fragmentos de ossos em um dos fornos. Nesta segunda-feira, encontramos mais material semelhante. Tudo foi coletado com a ajuda de peritos de Caxias do Sul e enviado para análise - diz o delegado responsável pelas investigações, Vladimir Medeiros.
A ideia, conforme o delegado, é descobrir se os ossos são humanos. Se for confirmada a hipótese, os peritos poderão confirmar por meio de análises de DNA se o restos são de Peixoto. Até o início da tarde desta terça-feira, agentes de Canela não conseguiram localizar os suspeitos.
Investigação
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Fragmentos de ossos que podem ser de Silvio Peixoto foram localizados em um forno no interior de Caxias do Sul
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