A investigação da Brigada Militar (BM) que apontou dois jovens como suspeitos de participação no arrastão em três bancos de Campestre da Serra, no dia 28 de março, é contestada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Diferente do anunciado pela Agência Regional de Inteligência (ARI) da BM, a Polícia Civil afirma ser precipitado estabelecer qualquer ligação de Patrick Machado, 24 anos, e Jeferson Gustavo de Castilhos, 23, ao ataque na Serra.
O Deic chegou a solicitar o inquérito à delegacia local para anexá-lo à investigação sobre o roubo em Campestre, com base nas informações divulgadas pela ARI. Entretanto, o delegado titular da Delegacia de Roubos, Joel Wagner, diz não ter encontrado indícios concretos que apontem a participação da dupla na ação.
No dia seguinte da prisão, a Justiça concedeu liberdade provisória a Machado e decretou a prisão preventiva de Castilhos. Conforme o despacho da juíza Cidália de Menezes Oliveira, o que embasou a soltura foi o fato de Machado não apresentar antecedentes criminais e se comprometer a comparecer a todas audiências do processo.
Já Castilhos possui incursões em outros processos por delitos com violência, com condenação em um deles, o que "evidencia inequívoca persistência criminosa", segundo a magistrada.
Com a prisão mantida, o Deic deve concluir o inquérito até o final desta semana. Entretanto, seguirá com a investigação sobre o arrastão ao Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi de Campestre.
Ataques em Campestre da Serra
Polícia Civil contesta investigação da Brigada Militar que apontou suspeitos do arrastão a bancos em Campestre da Serra
Um dos investigados foi solto pela Justiça um dia após a prisão
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