Uma reunião segunda-feira, na prefeitura, deve apurar a autoria da demolição parcial do Moinho de Trigo Farinha Vigorosa, em Ana Rech, Caxias do Sul. Parte da estrutura foi posta abaixo por volta de 7h de sexta-feira. O prédio fora construído em 1942.
Durante a semana, moradores das proximidades teriam notado movimentação estranha. Pessoas munidas de trenas faziam medições no prédio, conta o subprefeito de Ana Rech, Hélio Dall'Alba.
A prefeitura foi acionada e na quinta-feira iniciou rondas preventivas. Um fiscal da Secretaria Municipal de Urbanismo e a Guarda Municipal monitoraram a construção entre o final da tarde de quinta-feira e o início da manhã de sexta-feira. Por volta de 7h, horário em que a Guarda estaria trocando o plantão, a construção foi demolida.
Segundo o diretor da divisão de fiscalização da Secretaria de Urbanismo, Luiz Ricardo Reche, moradores contaram ter visto um caminhão com placas de Portão carregado com uma retroescavadeira e uma caminhonete Hillux de Santa Cruz do Sul deixando o moinho já danificado. Vizinhos também contaram que veículos estranhos com sirenes altas circularam pelas proximidades, possivelmente no mesmo horário em que houve o dano, ressalta.
Conforme Reche, a empresa responsável pelas avarias seria de Porto Alegre e deve ser multada em mais de R$ 100 mil.
- Eles não tiraram nem os equipamentos do moinho, derrubaram com tudo dentro. Foi um crime contra o patrimônio - afirma Reche.
O prédio ainda não estava tombado, mas há processo em andamento. Segundo o secretário da Cultura, João Tonus, edificações tombadas ou com mais de 50 anos, caso do moinho, não podem ser alterados nem demolidos sem autorização do Conselho Municipal do Patrimônio Artístico, Histórico e Cultural (COMPAHC).
Patrimônio
Vizinhos alertaram sobre risco de demolição e prefeitura monitorava moinho histórico parcialmente destruído em Ana Rech, Caxias do Sul
Reunião na segunda-feira deve apurar a autoria
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