A violência doméstica continua em alta em Caxias do Sul. É o que mostra levantamento da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e da Justiça. A cada três horas, em média, a 2ª Vara Criminal expede uma medida protetiva em favor de mulheres ameaçadas ou espancadas por homens.
Em Caxias do Sul, a Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) registrou média mensal de 377 ocorrências neste ano. Em 57% dos casos, as autoridades solicitaram medida protetiva urgente, o que inclui, afastamento do agressor da família e a proibição de manter contato ou de se aproximar das vítimas.
Apesar da pouca estrutura, a DEAM qualificou a apuração dos crimes. A delegada e agentes constataram que várias mulheres registravam diversas ocorrências contra o mesmo agressor.
As denúncias resultavam em pilhas de papel e muitos procedimentos em aberto. A regra agora é evitar a comunicação de nova ocorrência e sim ouvir a vítima em depoimento. Ou seja, se mulher procura a delegacia pela segunda vez é sinal de que o caso é grave e deve ser tratado como prioridade.
Por outro lado, a coordenadora-geral do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), Luciane Demenech, vê os números como positivos. Para ela, muitas mortes deixaram de acontecer por conta da estrutura que se criou após a Lei Maria da Penha. O Centro de Referência para a Mulher, por exemplo, atende 250 vítimas por mês.
- Percebemos que as medidas de afastamento dão resultado porque a maioria dos agressores não repete o ato - diz Luciane.
Leia a matéria completa na edição impressa.
Violência doméstica
Agressões e ameaças contra mulheres continuam em alta em Caxias do Sul
Somente neste ano, 1.072 mulheres pediram proteção judicial contra agressores
Adriano Duarte
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project