A pandemia impacta diretamente nas finanças pessoais. Desemprego, salários reduzidos e incertezas fazem com que a organização financeira de um lar se torne ainda mais essencial. A economista e diretora de Economia, Finanças e Estatística da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), Maria Carolina Gullo, falou ao programa Gaúcha Hoje da rádio Gaúcha Serra nesta sexta-feira (2). Conforme a especialista, existe uma combinação ruim no atual cenário econômico. O dólar influenciando no preços de insumos importados e empresas importantes na cadeia produtiva parcialmente paradas refletem em prejuízos na oferta de produtos, o que impacta nos preços ao consumidor.
— As famílias têm que conhecer absolutamente as suas despesas. A sua receita certamente conhece, vem do salário. Se a pessoa costumava comer arroz e está caro, precisará substituir para algum produto que não esteja momentaneamente com preço muito alto — afirma.
Outra questão forte em momento de organização das finanças é evitar endividamentos. Um dos itens mais preocupantes, segundo Maria Carolina, é relacionado aos cartões de crédito. De acordo com a economista, o maior endividamento das famílias atualmente é ocasionado por não quitar o valor total da fatura na data de vencimento. O hábito ou a necessidade de pagar a parcela mínima ofertada pelas operadoras resulta em dívidas baseadas no maior patamar de juros praticado no mercado.
Dia das crianças com consciência financeira -
A data que é amplamente comemorada pelas famílias com presentes para os pequenos pode ser um motivo para exercitar o controle dos gastos. O próximo dia 12 pode ser de aprendizado em família.
— Às vezes a gente exclui as crianças, mas temos que incluir, mostrar de onde sai o dinheiro e o quanto custam as coisas. Converse com a criança e diga que nesse ano é para escolher um presente mais barato. Trabalhe com isso desde pequeno para que depois se torne um adulto mais familiarizado com a questão do dinheiro — aconselha.
Outra dica é começar a pensar em poupar agora já com o objetivo de não se apertar na largada de 2021. Os primeiros meses do ano são conhecidos por gastos extras como impostos e volta às aulas.
Ouça a entrevista na íntegra: