O ano de 2013 não foi fácil para o Juventude chegar ao acesso. A fórmula da Série D era diferente da atual, com apenas dois mata-matas para subir de divisão. Ainda assim, deu tempo para o Ju viver uma epopeia como a classificação sobre o Londrina, nas oitavas de final. Além de perder na ida por 1 a 0, o time alviverde tomou gol em casa e empatava em 1 a 1 até os 40 minutos da segunda etapa. Zulu foi o herói daquela classificação, marcando aos 42 e aos 46.
Mas isso não reduz as dificuldades de encarar o Metropolitano, na fase decisiva e mais importante. Jogando fora de casa a primeira, o time alviverde buscou um empate em 2 a 2. Na volta, um 0 a 0 histórico.
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— O primeiro jogo foi muito difícil, nós fizemos o deslocamento para Blumenau de ônibus. Fomos na antevéspera, mas é uma viagem bem desgastante e a gente ainda pegou um acidente no caminho, demoramos quase 11 horas para chegar. Chegou nos 30 do segundo tempo, o time sentiu bastante e arrancamos o empate lá. Tinha gol qualificado e ele nos colocou (na Série C), porque o jogo no Jaconi foi muito nervoso —recorda Lisca.
Foram de momentos tensos e alívios ao final de cada decisão que uma sintonia muito forte se criou entre Lisca e a Papada. Algo que vai muito além de apenas o cântico ‘Lisca, Lisca doido!’.
—Por tudo que passamos ali, pela proximidade com os torcedores e os conselheiros que ajudaram muito. Sempre que posso lembro disso (do cântico da torcida), sou grato e tenho o Juventude no meu coração — afirma o treinador.
Muito antes de viralizar no Brasil o Estádio do Castelão cantando “Caiu no hospício, tem que respeitar, Lisca doido é Ceará”, ele já havia conquistado outros corações. E esse reconhecimento permanece intacto.
— A torcida do Ceará me conhecia muito pela torcida do Juventude. Elas são irmãs. O chefe lá é muito amigo do Dinho (Cláudio Spigolon, presidente da Mancha Verde). É um carinho muito legal, mas tudo começou no Ju. A raiz de tudo está aí — fecha Lisca.