Fora de casa, Caxias sofre goleada para o Vila Nova e perde liderança da Série C

E o Caxias perdeu. Depois de seis jogos de invencibilidade, a boa arrancada foi interrompida na manhã deste domingo. Em um Serra Dourada beirando um público de 20 mil pessoas, o Vila Nova atropelou e fez 4 a 0 com naturalidade. A equipe grená sofreu um gol logo no início e não teve forçar para reagir. Com a derrota, foi ultrapassado pelo Guarani e o próprio clube goiano e caiu para a terceira colocação.

O Caxias foi irreconhecível em Goiânia, principalmente no primeiro tempo. Em nada se parecia com o líder que passou seis jogos sem perder. Antes do primeiro minuto já lamentava um gol sofrido, mas Frontini foi apanhado em impedimento. No lance seguinte, não teve bandeira que livrasse. A zaga grená vacilou na saída de bola e Tiago Marin não perdoou. O atropelo estava apenas começando.

Os lances que se seguiram caracterizaram um rolo compressor do Vila Nova. Aos quatro, Douglas salvou em chute de Frontini. Aos seis, o centroavante acertou a rede pelo lado de fora. E aos 20, não teve escapatória. Em novo tropeço da defesa, Jean e Dener se atrapalharam dentro da área e a bola sobrou para Robston bater no canto e ampliar. O time do técnico Picoli não conseguia respirar no calor de 31º C da capital goiana.

O Caxias até tentou reagir no final da primeira etapa, mas tudo dava errado. Aos 34, Trípodi roubou a bola e achou Zambi sozinho pela esquerda. Sem conseguir repetir o bom futebol do início da temporada, o atacante deixou a bola escapulir no que seria a grande chance de descontar. A primeira conclusão só aconteceu mesmo aos 36, em chute de Wangler por cima do travessão. Dois minutos depois, Douglas ainda operou grande defesa.

Com Zé Mário no lugar de Wallacer, o Caxias voltou ao segundo tempo mais compacto e disposto a mudar a história do confronto. Logo aos dois minutos, Trípodi não marcou por pouco em cabeçada dentro da pequena área. No entanto, o dia não era dos gaúchos. E muito menos de Zambi. Aos 10, ele recebeu um lançamento açúcarado de Tiago nas costas da zaga. Livre, não conseguiu dominar e foi abafado pelo goleiro Marcelo Pitol.

Cansado de tentar sem obter resultados, o Caxias até rondou a área adversária, mas abdicou do jogo. Nada que tentasse parecia funcionar. Aos 25, Marco Aurélio, que havia recém entrado, ampliou. Antes do apito final, ainda houve tempo para Frontini desferir o golpe de misericórdia e decretar a goleada. O Caxias, que havia sofrido apenas um gol, tomou quatro de uma vez só.