O trabalho remoto foi uma novidade para muitas empresas e trabalhadores. Já há mais de quatro meses de pandemia, quem ainda não retornou às sedes físicas se acostumou aos procedimentos adaptados do home office. Algumas mudanças dessa adequação, no entanto, não são necessariamente práticas. O controle do ponto é uma delas.
Para registrar início e término de jornadas de trabalho, boa parte das empresas aderiu ao preenchimento de planilhas, manuais ou digitais, alternativa cuja eficiência e demora pode variar conforme as especificidades.
Já há no mercado, porém, uma versão acessível, simplificada e moderna para facilitar o processo. E uma empresa de Caxias oferece, desde o final de julho, a solução tecnológica para eliminar mais esse possível atraso de produção.
Por volta de dezembro de 2019, a Metadados Assessoria e Sistemas começou a desenvolver o MOB, aplicativo que permitia o registro de atividades de trabalho direto no smartphone dos trabalhadores.
— Sempre tivemos alguns tipos de empresas que têm equipes trabalhando externamente, por exemplo, esse pessoal que trabalha puxando cabo de internet, ou empresa de facilitties que prestam serviços de segurança, limpeza e recepção em vários tipos de ambientes e que são motoristas que têm de levar para lá e para cá, e as empresas precisam dar um jeito de controlar o ponto — relata Gustavo Casarotto, diretor de produto e inovação da Metadados.
Embora o desenvolvimento fosse inicialmente voltado a categorias com perfis específicos, o lançamento do produto em julho não poderia ser mais propício.
— A pandemia disparou a demanda. Deu um boom bem grande — destaca Casarotto.
A funcionalidade é simples, explica ele. Basta a empresa contratar o serviço junto à Metadados (não é simplesmente baixar o aplicativo em uma appstore), realizar o cadastro e o registro dos celulares dos colaboradores e, para o colaborador, basta acessar seu próprio celular e marcar o ponto, quase como se fosse no equipamento de registro da própria sede física da empresa.
— O aplicativo precisa ser baixado por cada pessoa e o celular precisa ser habilitado por alguém da empresa, para a empresa saber a quem pertence o celular para evitar o risco de um funcionário bater no nome do outro. Por isso, sempre vinculamos o celular à liberação que a empresa dá. Para o trabalhador, basta entrar no aplicativo e põe "marcar o ponto" e só. É possível também registrar alguma atividade, seja um sobreaviso, uma prontidão, às vezes não é só ponto, vai da especificidade de cada empresa — ressalta o diretor.
Uma vez registrada a marcação, o próprio sistema da Metadados calcula possíveis faltas, horas extras, banco de horas ou outras excepcionalidades.
Até o momento, sete empresas com 400 usuários ativos já utilizam o aplicativo. A previsão da Metadados é de fechamento com outras 15 empresas e aumentar para 2,7 mil usuários até o final de agosto.
Reforço para evitar fraudes
Para estabelecer maior garantia de eficiência, a Metadados também elaborou ferramentas e processos que reforçam mecanismos para evitar fraudes no sistema.
— Esse tipo de aplicativo, se não tiver controle, as empresas podem ser fiscalizadas e autuadas. Então, colocamos os dados de todas as marcações num servidor nosso, que não é de propriedade da empresa, para que elas não tenham acesso e não possam ir lá e alterar datas e marcações ou intervir. Criamos também chave de criptografia para, caso seja alterado, a gente saiba que foi alterado. Portanto, tem várias travas de segurança para garantir que não haja fraudes — assegura Casarotto.
Segundo o diretor de produto e inovação da Metadados, a medida dá mais tranquilidade tanto para as empresas quanto aos trabalhadores:
— No momento que os dados estão em posse de terceiro, é uma garantia para o trabalhador e para as empresas também. Os dois querem isso. As empresas gostam porque se evita bastante processo trabalhista, caso o trabalhador acione a Justiça e seja feita perícia dos registros.
O sistema usa a digital de destravamento do próprio aparelho do usuário, porém, segundo Casarotto, a ideia é também implementar a função selfie para garantir que é o trabalhador quem está acessando e também a geolocalização, que pode ser útil para algumas funções específicas.
— Com a geolocalização, queremos criar o que se chama de cercas eletrônicas para habilitar marcação de pontos em determinados locais. Imagina uma empresa de facilitties em que uma pessoa precisa estar na recepção de um prédio comercial e ela está no ônibus e se atrasando, e ela decide marcar o ponto no ônibus. A ideia é evitar esse tipo de situação — exemplifica.
O MOB
O que é: aplicativo desenvolvido pela empresa caxiense Metadados que permite controle de registro de trabalho por marcação via smartphone do colaborador.
Como funciona: o aplicativo deve ser instalado no smartphone dos colaboradores e o RH da empresa habilita o acesso de cada funcionário, fornecendo usuário e senha. Ao trabalhador, basta acessar o aplicativo e efetuar o registro do ponto. Também é possível registrar faltas, sobreaviso, descanso, entre outras atividades. O próprio sistema da Metadados faz a leitura dos registros, apontamentos e cálculos dos dados.
Quando custa: o preço começa em R$ 2 por colaborador/mês e pode chegar a menos de 0,80 colaborador/mês, conforme o número de usuários aumenta.
Onde adquirir: www.metadados.com.br/frequencia#mob ou pelo WhatsApp (54) 98121-9902.