A participação de 11 vinícolas brasileiras (nove da Serra) no estande coletivo coletivo do Wines of Brasil, durante os três dias de ProWein – encerrada na terça-feira (19) –, em Düsseldorf, na Alemanha, podem resultar em US$ 2 milhões em negócios nos próximos 12 meses. A projeção é cerca de 25% superior à edição anterior, realizada em 2018. Foram mais de 500 atendimentos e compradores de 20 países.
Na feira, o país apresentou o novo posicionamento setorial, ‘A Sparkling New World’ (Espumantes do Novo Mundo, em tradução livre), apostando na promoção exclusiva das borbulhas verde-amarelas. Marcaram presença as vinícolas: Aurora, Bueno Wines, Casa Perini, Casa Valduga, Garibaldi, Lidio Carraro, Miolo, Peterlongo, Pizzato, Salton e Zanlorenzi.
O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, acredita que, além de auxiliar na prospecção de negócios, a feira validou a nova estratégia setorial, o que pôde ser percebido na procura maior dos importadores da Europa, Ásia e Américas pelas borbulhas brasileiras. O interesse também foi observado com a presença de duas Master of Wine e das principais revistas especializadas internacionais, que estavam buscando mais informações sobre o setor e querendo conhecer mais rótulos.
— Estamos confiantes que em um médio prazo consolidaremos o Brasil também como referência na produção da bebida no Hemisfério Sul junto ao consumidor final. Neste momento, os esforços estão voltados ao trade, onde além de qualidade, o custo-benefício da bebida vai atraindo os importadores dos países-alvo do projeto —, explica Bertolini, referindo-se a Estados Unidos, Reino Unido e China.
O que mais despertou o interesse dos visitantes foi a qualidade e a diversidade de estilos dos espumantes nacionais, que vão desde o Moscatel ao Nature, e também os diferentes métodos de elaboração, do Asti, passando pelo Charmat até o Champenoise.
— As pessoas que não conhecem nossos produtos, quando provam, se impressionam. Estamos no rumo certo para sermos conhecidos mundialmente — chancela Cleverson Koltz, diretor administrativo de uma cooperativa vinícola de Bento Gonçalves.
Anderson Tirloni, gerente de exportação de uma empresa do Vale dos Vinhedos que participa do evento desde a primeira edição, concorda com Koltz:
— A cada ano somos mais vistos e lembrados. Percebemos que o espumante brasileiro está despertando interesse no consumidor europeu, asiático e americano. Fizemos muitos contatos com boas expectativas de fechar negócios. Em todos os anos que participamos, esta foi uma das feiras mais movimentadas em que já estivemos.
Participando pela primeira vez da ProWein, Salomão Szafir, diretor de exportação de uma vinícola da Campanha Gaúcha, avaliou positivamente a estreia da empresa no evento:
— A feira foi espetacular. Teve muita gente interessada, mostrando que o Brasil cresceu muito em conceito.
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