Com cerca de 240 milhões de litros de vinhos encalhados nas vinícolas da Serra Gaúcha, entidades do setor estão desenvolvendo ações para aumentar o consumo de vinhos no Brasil.
Elas se uniram a profissionais de diferentes áreas do mundo do vinho para criarem a Pró-Vinho, uma iniciativa interprofissional que vai desenvolver estratégias capazes de atrair novos consumidores e aumentar a frequência com que apreciadores esporádicos consomem a bebida.
A atuação da Pró-Vinho se dará de forma direta e democrática. Em reuniões mensais as entidades e especialistas envolvidos vão formatar ações e criar materiais destinados a comunicar sobre o vinho e fomentar seu consumo.
Funciona assim: qualquer estabelecimento ou profissional terá acesso às campanhas e peças criadas pela Pró-Vinho. Basta se cadastrar na plataforma (www.provinho.org.br), acessar os materiais, baixar aqueles que mais interessam e colocá-los em prática.
A plataforma também vai disponibilizar informações de mercado, notícias atualizadas e dados do setor para apoiar a cadeia como um todo. O conceito e as peças da primeira campanha estão em fase de finalização e em breve serão divulgados e disponibilizados no site.
Atualmente, o Brasil ocupa a 17ª posição no ranking mundial de consumo de vinho, apesar de ser a sétima maior economia do mundo. No total, são consumidos 338 milhões de litros de vinho por ano no Brasil, dos quais 65% são rótulos nacionais e 35% importados (dados da Ideal Consulting e da OIV - Organização Internacional da Vinha e do Vinho).
Marcio Milan, superintendente da ABRAS, chama a atenção para a importância dos supermercados como um dos principais canais para divulgar o vinho.
— Diariamente, 27 milhões de pessoas entram nesses estabelecimentos, o que coloca as gôndolas como um espaço importante para a comercialização de vinhos — argumenta Milan.
O presidente do Ibravin, Oscar Ló, destaca que, no passado, a indústria nacional já viu o vinho importado como concorrente direto, mas que os tempos mudaram.
— Estamos todos juntos, buscando o objetivo único, que é o aumento de consumo — afirma Ló.
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