O Conselho de Administração da Randon, de Caxias do Sul, decidiu colocar o filho do fundador Raul Anselmo Randon para ocupar seu lugar. Alexandre Randon será presidente do órgão até abril de 2019, sucedendo o empresário que morreu no último dia 3 de março. O filho do meio da família Randon terá mandato interino até um novo conselho ser eleito em assembleia geral ordinária.
Alexandre era o vice-presidente do conselho e ainda não foi informado quem ocupará esta cadeira que agora fica vaga. A família adianta que pretende buscar um profissional no mercado. O filho mais velho de Raul Randon, David Abramo, continua como diretor-presidente das empresas. A sucessão ocorreu ainda em abril de 2009, quando o fundador deixou de exercer funções executivas.
Daniel Randon segue na vice-presidência da diretoria. O Instituto Elisabetha Randon, braço social da companhia, é liderado por outra filha, Maurien Randon Barbosa, desde 2002. A única das herdeiras que não atua na empresa é a médica Roseli.
Resultados positivos
Na manhã desta quarta-feira (14), a Randon Implementos também divulgou o balanço do último trimestre do ano passado. Com isso, o grupo fechou 2017 com números positivos. A receita líquida alcançou R$ 2,9 bilhões, 11,9% maior do que em 2016. O lucro foi de R$ 46,7 milhões. O total entre a soma das exportações e das receitas geradas no Exterior foi de US$ 239,7 milhões, 6,8% maior do que o ano anterior. A divisão de montadoras representou 43,4% do total da receita líquida consolidada da companhia, sendo 77,7% semirreboques, 18,2% vagões e 4,2% veículos especiais.
Com os resultados, o diretor-presidente, David Abramo, acredita que há esperança de que o país volte a crescer após quase três anos praticamente estagnado. Embora ainda distante dos números apresentados em anos anteriores à crise, a Randon afirma que a melhora é resultado de mudanças implementadas que tendem a ser ampliadas nos próximos exercícios.
Além de possuir duas fábricas no Brasil, em Caxias do Sul e Chapecó, a Randon também produz semirreboques em Rosário, na Argentina. A partir de 2018 os semirreboques também serão produzidos nas plantas de Araraquara e em Lima, no Peru.