Depois de recuar 0,15% em outubro, a economia brasileira registrou avanço em novembro de 2016. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado por analistas uma espécie indicador prévio do Produto Interno Bruto (PIB) mostra crescimento de 0,2% no penúltimo mês do ano passado.
No acumulado de 2016 até novembro, a retração da economia brasileira é de 4,59% pela série do BC. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2016 é um pouco menos pessimista. O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado no fim de dezembro estima queda de 3,4%.
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Na última quarta-feira, dia 11, o BC citou a "atividade aquém do esperado" como um dos motivos para cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto porcentual, para 13% ao ano, e não em apenas 0,50 ponto porcentual, como esperava a maior parte do mercado financeiro.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo BC, projetam recuo semelhante: 3,49%, segundo divulgado no Boletim Focus.
Em janeiro do ano passado, o Banco Central promoveu uma revisão na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores. Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.