Apesar de fazerem ressalvas, os representantes das principais atividades econômicas da Serra viram com bons olhos o pacote anunciado pelo governo federal para estimular o crescimento do país.
De um lado, as novas medidas são aplaudidas, pois aliviam de impostos a folha de pagamento do varejo e estimulam o consumo com a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, móveis e linha branca. De outro, os dirigentes lamentam que os benefícios chegam com um incômodo selo de validade.
O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Carlos Heinen, acredita que a principal novidade desse pacote é a desoneração da folha de pagamento para o comércio varejista. Segundo ele, o setor costuma ser pouco contemplado por políticas públicas de incentivo.
- Essa medida vai também impactar positivamente para o consumidor, pois os descontos tendem a refletir no preços - destaca Heinen.
A prorrogação do IPI reduzido para automóveis e linha branca também deve beneficiar os setores produtivos da região. Embora a Serra não possua negócios específicos dos segmentos, Heinen lembra que inúmeras empresas da Serra fornecem peças para a produção desse itens.
Já o prazo de validade para as medidas é apontado pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul (Sindilojas), Ivanir Gasparin, como ponto negativo do pacote. Segundo ele, como durante boa parte desse ano o IPI foi prorrogado de três em três meses, os lojistas acabavam fazendo estoques achando que o prazo ia terminar.
- Essas medidas são importantes, mas pontuais. O que necessitamos é de uma ampla reforma tributária - acredita.
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