Mais de três milhões de pessoas devem ser impactadas pela crise gerada com a pandemia de coronavírus no setor de eventos no Brasil. O número vem de levantamento da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), que estima ainda que outros cinco milhões de profissionais indiretos e freelancers também amarguem os efeitos da estagnação no setor. Não há um recorte do número de profissionais da área de eventos no Rio Grande Sul, mas pelo menos 700 empresas gaúchas estão dispostas a construírem propostas de fortalecimento do ramo por meio do Grupo Live Marketing RS. Criada há três anos, a frente de trabalho está, atualmente, amplamente focada em construir alternativas para uma possível e segura retomada do setor.
Na Serra, os chamados Conventions & Visitors Bureau de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Gramado trabalhavam, desde o início da pandemia, na construção de possíveis protocolos de segurança que viabilizassem a realização segura de alguns tipos de eventos. No caminho, o trabalho dos Conventions encontrou o Live Marketing e as forças foram unidas. Enquanto o projeto de protocolo de segurança para eventos encaminhado por eles ao Governo de Estado segue em análise, os Conventions estão com a responsabilidade de programar eventos testes, que seriam restritos apenas para a os profissionais do setor neste primeiro momento.
– A ideia desses pilotos é justamente capacitar a mão de obra que faz os eventos acontecerem. Desde a equipe de credenciamento, de estacionamento, de limpeza, de segurança, de montagem e desmontagem, de alimentação, enfim, todos aqueles profissionais que o setor de eventos movimenta. Que a gente possa capacitá-los sobre como é este novo momento, como atuar com segurança e como aplicar esses protocolos para uma retomada segura do setor – projeta Gabrielle Signor Rodrigues, presidente do Bento Convention Bureau.
Conforme o projeto do Grupo Live Marketing, os eventos pilotos teriam relação com o perfil de cada região. Em Bento, por exemplo, a ideia seria simular a realização de uma feira de negócios, enquanto Gramado simularia um festival. Estes possíveis testes com caráter de treinamento ainda não foram liberados pelo Estado e dependem da bandeira que cada região vai assumir no chamado Modelo de Distanciamento Controlado. Para Gabrielle, no entanto, esse tipo de treinamento se faz primordial no sentido de programar uma retomada que leve em conta o contexto da pandemia.
– O setor de eventos parou em março e até agora não retornou. E estamos falando de um setor basicamente composto por microempreendedores e muitos trabalhadores informais. A gente entende que há uma necessidade de aprendermos a conviver com esse vírus e adotarmos todas as medidas de segurança para que a gente possa retomar as atividades. Segurança é a palavra-chave agora – defende Gabrielle.
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