Os grafiteiros Fábio Panone Lopes (Flop) e Henrique Padilha finalizaram a pintura da segunda etapa do maior mural artístico a céu aberto de Caxias do Sul. O trabalho está localizado nos muros do estacionamento Triparking, que fica na Rua Garibaldi, entre a Sinimbu e a Os Dezoito do Forte. A primeira etapa foi concluída em junho do ano passado, e contou com 280 metros quadrados. A segunda etapa, finalizada na terça (14), tem aproximadamente 160 metros quadrados e foi pintada no mesmo terreno, como uma extensão do primeiro. A arte agora aparece de frente para quem desce de carro pela Garibaldi.
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— Está sendo e foi muito gratificante. Eu viajo muito para fazer grafite e, neste ano, completo duas décadas grafitando sem parar. Quando a gente começa a botar a cara no mundo, a gente vê que quando volta para casa é mais reconhecido ainda. É muito bom pintar pelo mundo, mas é muito melhor pintar no pátio de casa, tendo reconhecimento e o calor das pessoas daqui. Receber esse carinho das pessoas daqui tem sido cada vez mais gratificante — comenta Panone.
Os temas pintados na primeira etapa também ganharam continuidade no novo mural, com a natureza como bandeira principal. Motivados por catástrofes ambientais recentes, como as queimadas na Amazônia e na Austrália, os artistas retrataram a força da flora e da fauna. A palavra "preservação" foi pintada bem ao centro do mural.
A ideia agora é pintar uma terceira etapa do mural e torná-lo uma das maiores — talvez a maior — obras a céu aberto do Sul do Brasil. Quando o trabalho for finalizado por completo, Panone pretende realizar uma grande festa no espaço, também em comemoração aos seus 20 anos de trajetória no grafite.
— Esse foi um início no coração da cidade para que se espalhem pelos bairros murais de grande escala. Quando a obra de arte vem nesta escala faz com que as pessoas enxerguem com outros olhos e notem o quanto a arte é capaz de mudar uma cidade. Os espaços têm de ser ocupados, não só pelos carros ou pela massa de concreto, mas pelas pessoas. As pessoas têm que se apropriar da cidade — defende o grafiteiro.
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