Está completando 100 anos desde que o francês Marcel Duchamp chacoalhou o mundo da arte com a obra Fonte, aquela que é um urinol de porcelana branco. Para comemorar a representatividade dos conceitos trazidos pelo artista, a exposição Vinte e Cinco Vezes Duchamp será aberta nesta terça, na Casa de Cultura Mário Quintana. A coletiva tem a participação de 24 artistas, que criaram obras com a ideia de apropriação de objetos utilitários como suporte. A curadoria é de José Francisco Alves, que convidou o caxiense Ale Amorin para participar com duas obras. Os dois se conheceram quando Amorin lançou o livro Sculptura, pelo Financiarte, em 2011.
– O Chico esteve aqui há um tempo e viu que eu usava umas sucatas e fissurou. Daí, ele lembrou desse episódio e me convidou para participar com essa ideia de se apropriar de algo que tem uma utilidade e transformar numa manifestação artística – conta o artista. Amorin participa com duas obras: Sacrifício Holocausto e Fototaxia Para a Morte (foto). A primeira é uma guitarra com inseto, uma mandíbula e mini-esculturas encapsulados. Para a segunda, Amorin resolveu trabalhar com uma luminária de poste, que estava guardada no porão do ateliê.
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– Tudo que é inseto que morre por aqui, eu vou guardando. Para essa peça, usei um casulo vazio e uma mariposa, também tem um crânio. A ideia era de insetos guiados pela luz – explica.A mostra está aberta à visitação até o dia 3 de setembro.