Nivaldo Pereira
Tarde de calor primaveril, pensei ter ouvido o canto de alguma cigarra. Assuntei da janela, mas o telefone me tirou da atenção aos matos dos fundos. Quando desliguei, já tinha esquecido da suposta cantoria desse mágico inseto que me fascina desde as tardes mormacentas dos sertões da minha infância baiana. E não é que agora, diante de um texto a escrever, o zizizi da provável cigarra vespertina ressurge! E insiste, e insiste. Diacho, a danada quer cantar aqui! Então, decido seguir as pistas desse som imaginário. Sob o Sol de Escorpião, é sempre rico desvendar a mensagem oculta em símbolos tão carregados de afeto.
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