A safra de uva que está colorindo os parreirais da Serra traz esperança, após os números depressivos da colheita e das vendas do setor vinícola neste ano. O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) divulgou o desempenho dos negócios de janeiro a outubro.
O suco de uva, um dos protagonistas, registrou no período queda de 19,5% em relação aos primeiros 10 meses de 2015. Os motivos: quebra de safra e aumento de preços.Os vinhos de mesa também azedaram os dados da cadeia produtiva, com queda de 16,9% de janeiro a outubro.
Os espumantes, de qualidade incontestável, tiveram os negócios diminuídos em 11,6%, com a venda de 11,4 milhões de litros. Os vinhos finos foram os únicos com número no azul (ou seria estabilização?), com avanço ínfimo de 1% nos cálices, com a saída de 16,5 milhões de litros.
No total, a queda das vendas do setor foi de 15,9% de janeiro a outubro. Aumento de tributos como o IPI – que passou de um valor fixo de R$ 0,73 para até 10% sobre o preço do produto –, quebra de safra e o momento de instabilidade econômica e política vivida no país são as justificativas do presidente do Ibravin, Dirceu Scottá, para o cenário inapetente.
Do custo final de uma garrafa de vinho nacional, até 58% são em impostos. Agora a torcida é para que o setor borbulhe com as vendas de espumantes para as festas de final de ano.
Caixa-Forte
Com quebra de safra e alta do IPI, setor vinícola tem queda de 15%
Do custo final de uma garrafa de vinho nacional, até 58% são em impostos
Silvana Toazza
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