Apesar dos tempos complicados que estamos vivendo sinto uma alegria imensa ao saber que já já minha afilhada estará chegando neste mundo. E eis que o amor e a esperança realmente não conseguem ser explicados em palavras, afinal, como assim desejar que uma criança nasça em meio a isso tudo que está acontecendo, e mesmo assim, desejando muito. A pequena que terá como nome uma derivação de Marte, deus da guerra, mas também da agricultura, deve estrear seu primeiro grito nos próximos dias. Essa menina linda e, já muito amada, é filha de uma pessoa incrível que a vida me aproximou há 25 anos. Vânia virou amiga, irmã, parceira de trabalho, comadre, confidente. Descobrimos o jornalismo juntas, estudamos, nos dedicamos a campos de pesquisa diferentes, seguimos nossas trajetórias, mas nunca longe. Quando nos conhecemos ainda tínhamos o frescor do início da carreira e dos sonhos. Em 25 anos o cabelo ficou branco, paramos de comer porcaria e beber refrigerante, aprendemos a ler Nietzsche, Piaget e Freud, vimos a transição da imprensa analógica para o digital, nos transformamos de menina em mulher e escolhemos, outra vez, campos diferentes de trabalho, Vânia na assessoria de imprensa e eu larguei mão das notícias e fui ser psicanalista.
Opinião
Adriana Antunes: Vania Marta
Descobrimos o jornalismo juntas, estudamos, nos dedicamos a campos de pesquisa diferentes, seguimos nossas trajetórias, mas nunca longe
Adriana Antunes
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