Por Nísia Trindade Lima, ministra da Saúde
Está começando uma nova etapa do trabalho emergencial realizado no Rio Grande do Sul. A Força Nacional do SUS, que desde 3 de maio estava atuando em solo gaúcho, vem desmobilizando gradativamente sua equipe emergencial e iremos nos concentrar na recuperação. O Ministério da Saúde apoiará a reconstrução das unidades de saúde afetadas e dará o auxílio na construção de unidades de saúde resilientes. Além disso, trabalha com a Secretaria Estadual da Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, acompanhando os municípios em situação de calamidade e mapeando necessidades para apresentar o Plano Estadual de Reorganização da Rede de Atenção à Saúde do Rio Grande do Sul.
Destinamos R$ 2 bilhões para emergência e realizamos mais de 25 mil atendimentos
Trata-se de uma nova fase, mas a preocupação é a mesma que balizou o esforço dos 634 voluntários de todo o país mobilizados no Estado. A Força Nacional do SUS é parte central do esforço do governo federal para apoiar estrategicamente a população gaúcha, o governador Eduardo Leite e os prefeitos do Rio Grande do Sul a reconstruir as cidades afetadas. Sua atuação incluiu abertura e operação de quatro hospitais de campanha (Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo e Novo Hamburgo), atendimento volante nos abrigos, resgates, imunização e atendimento psicológico. O Ministério da Saúde também disponibilizou medicamentos e apoio técnico para a reorganização da saúde no Estado.
Destinamos R$ 2 bilhões para emergência e realizamos mais de 25 mil atendimentos. A Força Nacional do SUS realizou ainda cerca de mil atendimentos de saúde indígena, 580 atendimentos psicossociais e 66 remoções aéreas.
São números eloquentes, mas ainda há um longo trabalho de reconstrução diante dos danos profundos deixados pelas enchentes. O que foi feito até aqui, porém, já deixou clara a relevância da Força Nacional do SUS e a solidariedade e o empenho de voluntários para dar respostas às emergências no país. Ante uma tragédia sem precedentes, a população do Rio Grande do Sul sabe bem a importância dessas respostas.