Ainda ecoa em mim a absurda vaia que Gilberto Schwartsmann, presidente da Bienal do Mercosul, recebeu na escadaria da igreja das Dores. Na belíssima apresentação, presente à cidade no dia do aniversário de Porto Alegre, Gilberto foi interrompido várias vezes durante seu discurso de agradecimento aos patrocinadores que haviam viabilizado a realização gratuita do concerto. Seguiu até o fim com dignidade exemplar e elogiou quem deveria elogiar. Políticos ali presentes receberam idêntico tratamento. Testemunhei cenas sem lastro algum de educação e bom senso. Gente histérica gritando histericamente. É no grito que agora iremos resolver nossos problemas coletivos? Por divergências ideológicas vamos implantar a irracionalidade acusatória como parâmetro de diálogo cívico? Evidentemente não.
Artigo
Luciano Alabarse: a falta de informação tem pressa
Secretário da Cultura de Porto Alegre