Quando se imagina um jornalista linha de frente, vem à mente um correspondente internacional em guerras, catástrofes, mudanças políticas e outros momentos em que a História se passa ao vivo. Rodrigo Lopes, o mais experimentado repórter internacional de ZH, está, de novo, onde as coisas acontecem no mundo: nas eleições americanas. Desta vez, não enfrentará os perigos das forças da natureza ou da violência de conflitos humanos. Mas já esteve, dentre mais de 30 coberturas internacionais, no furacão Katrina, em New Orleans, no conflito entre Israel e o Hezbollah, na Líbia, no Iraque, em terremotos... Rodrigo descreve: "No Katrina, em 2005, era como se os EUA estivessem vivendo uma guerra dentro de casa. Em 2006, fiquei sob bombardeio de tanques israelenses e foguetes do Hezbollah.
Como correspondente internacional, que traz o olhar de uma pessoa daqui do Rio Grande do Sul sobre os fatos do mundo, ele também viveu momentos como o terremoto no Peru em 2007, o resgate dos mineiros soterrados no Chile em 2010, o terremoto no Haiti, no mesmo ano, a cobertura do fim da ditadura Kadafi na Líbia em 2012, os atentados em Paris em 2015 e em Bagdá em 2016. "No Haiti, vivi a mais dura experiência, com corpos pelas ruas, falta de água, risco constante de réplicas", conta.
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Coberturas como a de agora nos Estados Unidos podem ser planejadas meses antes. Mas um terremoto chega sem avisar. "Gosto de cobertura em tempo real, adrenalina, de viajar. Isso me alimenta", diz Rodrigo, que continua: "O leitor não tem acesso a essas experiências. Então, me preocupo em pegá-lo pela mão, por meio da minha narrativa - em texto para o papel ou digital, vídeos ou redes sociais -, e trazê-lo comigo. Não devo furtá-lo de sensações, cheiros e medos que senti".
Esta é a terceira cobertura de eleição americana de Rodrigo. Em 2008, estava em Chicago, onde Barack Obama reuniu milhares de pessoas na festa da vitória. Em 2012, cobriu sua reeleição. E agora, no pleito que encerra a era Obama, aposta em uma cobertura on the road, com muita autoralidade, deslocando-se de Ohio, passando por Carolina do Norte e Pensilvânia e chegando a Nova York, onde estão os comandos das campanhas de Hillary Clinton e Donald Trump. Lá, ele se junta ao jornalista Daniel Scola, da Rádio Gaúcha, para a cobertura multimídia dos veículos do Grupo RBS na reta final da campanha, na votação da terça-feira, dia 8, e na apuração.
No retorno, Rodrigo passa a assinar, três vezes por semana no jornal impresso, e com atualização permanente nas plataformas digitais, uma coluna que pretende aproximar os leitores dos principais fatos internacionais. "A ideia é conectar o local e o mundial. Interpretar o mundo e trazer dicas de sites, pesquisas, perfis de líderes que influenciam o planeta, bastidores de reportagens, curadoria de vídeos e informações que circulam na imprensa internacional. Em vídeos semanais, explicar, de forma didática e com recursos multimídia, algum assunto mundial."
No papel e no digital de ZH, Rodrigo Lopes se junta a outro craque da análise e interpretação dos fatos internacionais, o jornalista Luiz Antônio Araujo, que segue com sua coluna Olhar Global.
*Zero Hora