O presidente Michel Temer reforçou, em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (22), que não vai renunciar ao cargo. Sobre o risco de ter a chapa cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o peemedebista afirmou que “haverá recursos e mais recursos”, mas que pretende obedecer a posição do Judiciário.
"Se a chapa for cassada, respeito a decisão do Judiciário. Antes disso, haverá recursos e mais recursos", afirmou Temer.
O governo monitora a tramitação no TSE de uma ação do PSDB, que tenta cassar a chapa Dilma-Temer, eleita em 2014. Os tucanos, atuais aliados do presidente, apontam suspeita de abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral. O caso deve ser julgado no primeiro semestre de 2017.
Durante o café, Temer tentou demonstrar tranquilidade sobre os efeitos das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. O próprio presidente já foi citado nos depoimentos, bem como integrantes de seu governo. Ele ainda afirmou que não cogita deixar o Planalto antes do final do mantado em 2018.
Perguntado sobre uma eventual renúncia, foi direto: "Não tenho pensado nisso".
No encontro, o presidente fez um balanço dos sete meses de governo. Destacou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, a reforma do Ensino Médio, a repatriação de valores não declarados e o início da tramitação da reforma da Previdência. Segundo o peemedebista, as ações são permitidas pela baixa popularidade de sua gestão, apontadas em pesquisas de opinião.
"A baixa popularidade do governo é que tem permitido tomar medidas que, alguém que tivesse uma popularidade extraordinária, com viso eleitoral, não poderia tomar. Estou aproveitando a suposta impopularidade", declarou.