A chegada de um novo ano traz aquele momento de reflexão sobre o que deu certo e o que não saiu conforme o planejado. E, na hora da virada, o que não faltam são simpatias para que o próximo ano traga boas energias. Já focando em 2017, muita gente pensa nas famosas metas para o ano seguinte. Por isso, o SuperRepórter foi às ruas de Porto Alegre para saber o que o pessoal está colocando na lista.
O desejo da diarista Marines Madruga, de 41 anos, é o mesmo de muitos. Em 2017, ela quer economizar para fazer uma viagem e ficar em forma
“Primeiramente, a minha meta é juntar um dinheiro para viajar pro Nordeste. E a segunda é emagrecer... economizar, parar um pouco de gastar em besteira. E para emagrecer é criar vergonha na cara e fechar a boca (risos). Nunca consigo, todos os anos eu prometo, mas nunca consegui!”, brinca ela.
A Marines não é a única que tem dificuldade em concretizar as resoluções de cada ano. É por isso que a psicóloga clínica Maria Aparecida das Neves orienta que na hora de traçar metas, é importante pensar junto nas ações que serão necessárias para que tudo seja colocado em prática. Ela explica que é bom criar planos, mas eles precisam ser compatíveis com a realidade de cada um, se não o objetivo não se cumpre e vira uma frustração.
“Tem muito a ver com aquilo que você pretende. Se você tem dificuldade de honrar seus compromissos e coloca uma meta além da sua condição. Te paciente que para de fumar, por exemplo, no dia 1º de janeiro, e em fevereiro já voltou. Tem que estar em um ambiente propício e precisa ser algo compatível com a sua capacidade. O objetivo não é se frustrar, mas conquistar algo que você deseja muito”, explica.
Controlar as finanças também está entre os itens das listas de final de ano. Ademar Abreu, de 58 anos, que é funcionário na rodoviária, contou que em 2017 vai economizar para deixar todas as contas que ficaram pendentes em dia.
“Pretendo gastar menos e trabalhar mais. É por aí. Quero pagar umas contas minhas que não estão em dia e acredito que vai ser um ano bem melhor”, disse.
O funcionário público Jorge Fernandes, de 57 anos, é outro que quer que 2017 chegue logo e com novidades melhores principalmente na economia. Ainda mais depois de 2016, que foi marcado por uma crise econômica e por muitos parcelamentos no Estado.
“A recessão está muito grande, as pessoas estão passando por dificuldades. Os colegas do Estado passando por dificuldades financeiras, então espero que o Brasil em si melhore também. Meu objetivo é continuar com o meu trabalho, me dedicando cada vez mais para que as coisas melhorem. É ter saúde, prosperidade, e que 2017 seja melhor pra todos nós”, torce ele.
Apesar das dificuldades, mas não é hora de se entristecer. Para a doutora Maria Aparecida, os momentos de crise e obstáculos também foram importantes para que muitas pessoas se unissem e acabassem se ajudando.
“Eu acredito que, em maior ou menor grau, todos tiveram obstáculos, foi uma grande provação. Mas, por outro lado, também isso traz perspectivas no sentido de que as pessoas aproveitam oportunidades. Claro que ter o salário parcelado gera muitas complicações e aborrecimentos, mas a dificuldade acaba aproximando as pessoas e faz com que elas se ajudem”, afirma.
É esse sentimento de aproximação e de união, que a professora aposentada Antonina Doraci Keenan traz como única meta no ano que vem. Para ela, 2017 já será completo se estiver junto dos filhos e netos.
“Quero continuar curtindo a minha família, sou viúva, e a gente sempre mantém os filhos e os netos por perto. A gente está sempre pensando em coisas melhores pra eles. Que eles mantenham o grande caráter que é sempre a meta principal, nem tanto financeira, porque tu imagina a nossa situação atual como está, mas a formação do caráter que não depende de dinheiro. Meu marido me deixou essa herança maravilhosa que são eles. Desejo muita união, porque isso é importantíssimo e dessa união é o amor, que é o que o mundo está precisando tanto”.