A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quinta-feira (10) uma operação que apura irregularidades de cerca de R$ 260 milhões envolvendo o processo de licitação para a construção do sistema de transporte BRT de Palmas. Batizada de Operação Nosotros, a ação cumpre 22 mandados judiciais (12 de busca e apreensão e 10 de condução coercitiva) nos estados de Tocantins, Paraná e Santa Catarina.
Um dos investigados na operação é o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB). Através de uma rede social (veja abaixo), o gestor informou que agentes da PF estavam cumprindo mandados em seus endereços, mas alegou que estava em viagem à Espanha. Como Amastha não foi encontrado, um chaveiro foi chamado para abrir o apartamento dele.
Além do prefeito, o secretário municipal de finanças, o Procurador Geral do Município, donos de imobiliárias e proprietários de terras também são chamados para prestar esclarecimentos.
De acordo com apuração da PF, foram identificados repasses de informações privilegiadas da prefeitura a empresas que participaram da concorrência. Agentes públicos pressionavam proprietários para ceder partes de suas terras para pessoas ligadas ao esquema criminoso. A implantação do sistema BRT valorizaria os imóveis que o grupo tivesse após a obra.