Presa pelo envolvimento no assassinato do menino Bernardo Boldrini, a madrastra Graciele Ugulini também deverá perder o registro profissional. A plenária do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) decidiu na noite desta quarta-feira (31) recomendar a cassação profissional de Graciele. A decisão foi unânime, com sete votos, e será remetida agora ao Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
Segundo o presidente do Coren-RS, os detalhes da apuração estão sob sigilo. No entanto, Daniel Menezes de Souza adiantou que ficou comprovado que Graciele se valeu do conhecimento na área para participar do crime.
"Tanto a comissão de instrução quanto os julgadores colheram elementos concretos, pela documentação, de que houve a atuação da enfermeira, que utilizou seus conhecimentos técnicos da profissão e de medicamentos para cometer esse crime", diz o presidente do Coren-RS.
A denúncia contra a enfermeira chegou ao conselho regional em 17 de junho de 2014. Além de documentos, a investigação se valeu de depoimentos de testemunhas e do depoimento da própria Graciele, ouvida na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
Não há prazo para o julgamento no Conselho Federal de Enfermagem. Se for confirmada a sentença, Graciele poderá se tornar a primeira profissional com o registro cassado no Rio Grande do Sul, a pena mais severa no âmbito do conselho regional.