A Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e outras nove pessoas por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Com isso, os denunciados se tornam réus em ação penal sobre o caso, investigado na Operação Zelotes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A operação investiga a venda de sentenças do Carf, do Ministério da Fazenda. A suspeita é de que o Bradesco tenha negociado a contratação de um escritório que atuava, junto a conselheiros do órgão, por meio do pagamento de propina, para atenuar ou cancelar multas.
Em maio, Trabuco foi indiciado pela Polícia Federal, e o inquérito, enviado para análise do MPF - que decidiu apresentar denúncia contra o banqueiro e os demais réus.
Por meio de nota à imprensa, o Bradesco negou as acusações. “O Bradesco reitera sua convicção de que nenhuma ilegalidade foi praticada por seus representantes e, em respeito ao rito processual, apresentará oportunamente seus argumentos ao Poder Judiciário”, afirmou o banco.
Os denunciados pela Justiça Federal:
Eduardo Cerqueira Leite, servidor da Receita
Mário Pagnozzi Júnior, consultor e advogado
José Teruji Tamazato, consultor e advogado
Jorge Victor Rodrigues, ex-conselheiro do Carf
Lutero Fernandes do Nascimento, servidor da Receita
Jefferson Ribeiro Salazar, ex-servidor da Receita
Luiz Carlos Angelotti, diretor de Relação com Investidores do Bradesco
Domingos Figueiredo de Abreu, diretor vice-presidente do Bradesco
Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco
Mário da Silveira Teixeira Júnior, ligado ao Conselho de Administração do Bradesco