Marcia, Ana* e Sophia não se conhecem, mas têm uma coisa em comum: todas passaram por alguma situação de desrespeito ou preconceito pelo fato de ser mulher. E as histórias delas poderiam ser a de muitas outras.
Só em 2015, a Polícia Civil gaúcha registrou quase 2 mil ocorrências de lesões corporais por mês contra mulheres, totalizando mais de 23 mil casos no ano. O maior número foi por ameaça, com 42 mil registros.
Violência que também faz parte da história de muitas transexuais. Um levantamento da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (RedTrans) apontou 56 mortes destas mulheres e de travestis no primeiro mês deste ano no país.
Já no meio acadêmico, ainda há áreas em que as pesquisadoras são minoria. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por exemplo, o topo da carreira de pesquisa em física é ocupado por apenas 5% de mulheres.
Apesar de tudo isso, Marcia, Ana* e Sophia decidiram romper com as barreiras da intolerância e buscar uma vida melhor em uma sociedade em que ser mulher ainda é um obstáculo. Conheça as lutas destas três mulheres na reportagem especial:
* Na reportagem foi usado um nome fictício para preservar a identidade da entrevistada.