O caixão com os restos mortais de Eduardo Campos deixou a sede do governo de Pernambuco, na capital Recife, por volta das 16h40 deste domingo. O corpo foi levado em um carro aberto dos bombeiros até o cemitério de Santo Amaro, onde chegou pouco antes das 18h. A mãe de Campos, Ana Arraes, a mulher, Renata Campos, e os filhos seguem acompanharam o cortejo ao lado do caixão. Eduardo Campos foi enterrado por volta das 18h40 sob aplausos e fogos de artifício.
O Instituto Datafolha chegou a fazer imagens aéreas do Recife para calcular a estimativa de público, mas já se fala em mais de 100 mil pessoas no cortejo fúnebre.
Por decisão da família, Campos foi sepultado no túmulo de seu avô, o ex-governador do estado Miguel Arraes, que morreu há nove anos. Desde o dia da tragédia, o local virou ponto de peregrinação de permambucanos de várias partes do estado. Flores e chapéus - uma das marcas de Arraes- estão dispostas ao lado da cova.
O Cemitério de Santo Amaro foi fechado para outros sepultamentos devido à presença de milhares de pessoas para o enterro. O local ficou lotado.
O corpo do ex-presidenciável foi velado no Palácio Campo das Princesas, sede do governo local, desde a madrugada de hoje.
Acompanhe as últimas informações sobre o enterro:
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã no dia 13 de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.