A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve na cadeia seis envolvidos na fraude do leite no Rio Grande do Sul. O esquema foi desarticulado pelo Ministério Público no ano passado durante uma das etapas da Operação Leite Compensado ocorrida na região de Ibirubá. Paulo César Chiesa, João Cristiano Pranke Marx, Angélica Caponi Marx, João Irio Marx, Alexandre Caponi e Daniel Riet Villanova foram condenados em dezembro de 2013 por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
As penas dos condenados, no entanto, foram reduzidas. A maior, de João Cristiano que era de 18 anos e 6 meses, foi reduzida para 16 anos e 1 mês. Os advogados sustentam que as provas precárias e que não foi oportunizada a realização de uma contra-prova no leite contaminado com ureia. Também questionaram a legalidade das interceptações telefônicas. O desembargador relator do processo José Conrado Kurtz de Souza afirma que as interceptações dão conta do envolvimento de todos os réus na fraude.
Segundo o magistrado, João Cristiano seria o gerente da quadrilha, subordinando-se apenas a Daniel, que seria o chefe do esquema. Segundo o Ministério Público, os criminosos adicionavam ureia, que se transformava em formol, e água no leite para dar mais volume e consequentemente ter mais lucro. O advogado de Daniel Riet Villanova, Bruno Seligman de Menezes, afirma que seu cliente é inocente e que vai recorrer da decisão.
"As provas nos autos mostram que ele foi julgado e condenado muito mais por suposições e presunções”, afirma o advogado.
A Rádio Gaúcha segue tentando ouvir os advogados dos demais réus.
Veja como ficam as penas dos réus:
- Paulo César Chiesa - de 2 anos e 1 mês de reclusão para 1 ano e 8 meses de reclusão em regime semiaberto;
- João Cristiano Pranke Marx - de 18 anos e 6 meses para 16 anos, 1 mês e 18 dias de reclusão em regime fechado;
- Angélica Caponi Marx e João Írio Marx - de 9 anos e 7 meses para 8 anos e 24 dias em regime fechado;
- Alexandre Caponi - de 9 anos e 3 meses para 7 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado;
- Daniel Riet Villanova - 10 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado;