O ex-diretor da Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa), André Imar Kulscinsky e outras 12 pessoas físicas e jurídicas figuram na lista de indiciamentos sugerida no relatório final da CPI da Procempa. O documento com 230 páginas traz apontamentos e repostas sobre os 25 itens levantados no requerimento de instalação da Comissão, que tomou 27 depoimentos, mas terminou sem ouvir os principais nomes citados nas investigações do Ministério Público.
O relatório foi distribuído entre os vereadores e será votado na próxima segunda-feira na Câmara de Vereadores. Além dos 13 pedidos de indiciamento, há outros cinco nomes que a CPI sugere que MP aprofunde as investigações. Segundo o relator, vereador Nereu D'avila (PDT), as investigações da CPI concluíram que houve superfaturamento de serviços pagos pela Procempa onde os fornecedores apresentaram notas frias.
Apesar de constatar o descontrole nas finanças da Procempa, o relatório não aponta o tamanho do prejuízo sofrido pelos cofres públicos. O relatório também exime outros agentes públicos, de fora da Procempa, de responsabilidades pelos desvios, o que desagrada a oposição. O presidente da CPI, Mauro Pinheiro (PT), afirma que vai pedir a inclusão de nomes do primeiro escalão da prefeitura no rol de indiciamentos.
Além do ex-diretor André Imar Kulscinski, o relatório também sugere indiciamento da ex-diretora administrativa da companhia Giorgia Pires Ferreira, ex-gerente de logística, Matusalem Alves, ex-assessora de projetos especiais Adriana Boniatti, Paulo Majolo, ex-supervisor de contabilidade, ex-gerente financeiro e ex-presidente da Associação dos Funcionários da Procempa, Ayrton Gomes Fernandes, ex-supervisor de Benefícios da Procempa, Cesar Roberto Broniczak, João Pilla Dias, proprietário da Pillatel Comunicações, proprietário da AMG Marcenaria, Alcides Monteiro de Guimarães, empresária Moira Vieira da Cruz, Cielito Rebeleto Junior, cargo de confiança na Companhia, empresário Jose Dilamar Lagranha, ex-gerente de Operações da Companhia, Lafaiete Everardi dos Santos.