As companhias aéreas nepalesas decidiram suspender os voos de helicóptero na região do Everest até novo aviso devido ao seu impacto no meio ambiente e nos montanhistas, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (6).
Devido à falta de estradas transitáveis, os helicópteros são um meio de transporte essencial nos vales e encostas do Himalaia, especialmente em caso de emergência.
No entanto, com o aumento do turismo no Himalaia, as viagens de helicóptero dispararam nos últimos anos, especialmente no Parque Nacional Sagarmatha, que abriga o pico mais alto do mundo.
Por mil dólares (6.155 reais na cotação atual), um helicóptero pode levar turistas ao acampamento-base do Everest, evitando um percurso a pé que costuma durar quinze dias.
Segundo a Associação de Operadores Aéreos do Nepal (AOAN), existem em média quinze voos diários deste tipo, podendo chegar a sessenta em alta temporada. Um número que as autoridades do parque consideram excessivo.
"É uma área geologicamente muito sensível, os voos de helicóptero em baixa altitude perturbam o meio ambiente e o emprego, porque mantêm os montanhistas afastados", disse à AFP Sushma Rana, responsável do parque.
Como consequência, a AOAN decidiu pôr fim a estes voos.
"Suspendemos todos os voos na região do Everest até que o governo garanta a segurança dos pilotos e um local para pousos de emergência", disse à AFP o vice-presidente da organização, Pratap Jung Pandey.
Mais de 50.000 turistas visitam a região do Everest todos os anos.
* AFP