O chefe de Governo da Alemanha, o social-democrata Olaf Scholz, nomeou nesta quinta-feira (7) um novo ministro das Finanças após demitir o liberal Christian Lindner, uma decisão que provocou o colapso da coalizão na quarta-feira e abre o caminho para novas eleições.
O novo ministro, Jörg Kukies, 56 amos, é um assessor de Scholz e especialista em questões econômicas.
A demissão de Lindner na quarta-feira provocou o colapso do governo de coalizão e abre o caminho para eleições legislativas antecipadas no início de 2025.
A queda do governo acontece em um momento ruim para a Alemanha, que enfrenta uma grave crise industrial, e também para a Europa, preocupada com as consequências para seu comércio e segurança da eleição do republicano Donald Trump como presidente nos Estados Unidos.
Os rivais conservadores de Scholz pediram nesta quinta-feira uma votação na próxima semana de uma moção de confiança no Parlamento, o que permitiria acelerar a convocação de eleições antecipadas.
A coalizão entre os social-democratas (SPD) de Scholz, os Verdes e os liberais do FDP "fracassou", disse o líder da União Democrata-Cristã (CDU), Friedrich Merz, antes de destacar que "não há razão para apresentar a questão da confiança em janeiro", como pediu Scholz.
Após a saída do ministro das Finanças, a maioria dos liberais abandonou o Executivo, com exceção do ministro dos Transportes, Volker Wissing, que anunciou a permanência no governo, mas que vai deixar o partido.
O fim da coalizão governamental foi motivado pelas profundas divergências entre os social-democratas, partidários da recuperação da economia por meio dos gastos, e os liberais, que defendem os cortes e uma disciplina orçamentária severa.
* AFP