O bilionário Elon Musk participou de uma chamada telefônica entre o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e Donald Trump, após a vitória do republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, informou nesta sexta-feira (8) à AFP um funcionário do alto escalão ucraniano.
"Confirmo", afirmou o funcionário da presidência ucraniana, referindo-se a um relatório do portal americano Axios sobre a ligação que ocorreu na quarta-feira.
O fundador da SpaceX foi um dos apoiadores de mais alto perfil de Trump durante sua campanha, e sua presença durante a ligação destaca sua proximidade com o presidente eleito dos Estados Unidos.
Outra fonte ucraniana explicou que o empresário estava com Trump durante o intercâmbio.
Musk "não estava na linha, Trump passou o telefone para ele; eles estavam juntos em algum lugar", afirmou o alto funcionário.
Zelensky "agradeceu a Musk pelo Starlink e eles conversaram brevemente", disse a fonte, referindo-se ao sistema de internet via satélite que o empresário permite que as tropas ucranianas utilizem.
"Mas a conversa principal foi, claro, com Trump", acrescentou a fonte, explicando que eles não discutiram "nada substancial, foi apenas uma conversa de cumprimentos".
Zelensky informou que teve uma troca telefônica "excelente" com Trump e que concordaram em "manter um diálogo próximo", mas não mencionou ter falado com Musk.
Contactada pela AFP, a equipe de Trump não quis confirmar a participação do fundador da Tesla na ligação e afirmou que não comenta conversas privadas.
O portal Axios informou, citando duas fontes, que a ligação durou cerca de 25 minutos e que a conversa deixou Zelensky mais tranquilo, mas não deu mais detalhes sobre o que foi conversado.
Trump prometeu durante a campanha que irá acabar com o conflito na Ucrânia em 24 horas e criticou o apoio dado pelos Estados Unidos a Kiev desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2020.
Os Estados Unidos são a principal fonte de financiamento da Ucrânia para a guerra contra a Rússia e Kiev mostra preocupação com a possibilidade de Washington diminuir o volume de ajuda assim que Trump voltar à Casa Branca.
* AFP