O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou nesta sexta-feira (25), no Telegram, o atentado cometido na quarta-feira contra uma empresa de defesa na região de Ancara, capital da Turquia, que matou cinco pessoas.
"A ação de sacrifício cometida contra o complexo da TAI em Ancara às 15H30 (9H30 de Brasília) de quarta-feira foi executada por uma equipe do 'batalhão dos imortais'", afirmou o PKK, em referência ao complexo das Indústrias Aeroespaciais da Turquia.
O ataque, executado por um homem e uma mulher, deixou cinco mortos e 22 feridos. Os autores do atentado também morreram.
O governo atribuiu rapidamente o ataque ao grupo armado ilegal e, em resposta, o Exército da Turquia bombardeou posições curdas no Iraque e na Síria.
A operação foi "planejada há muito tempo", afirmou o PKK, que acrescentou que não tem nenhuma relação com os acontecimentos políticos recentes na Turquia, onde as autoridades parecem buscar uma solução negociada para o conflito com os combatentes curdos.
O objetivo do atentado, destacou o PKK, era enviar "advertências e mensagens contra as práticas genocidas, massacres e práticas isolacionistas do governo turco", afirmou o grupo.
O PKK, classificado como "terrorista" por Turquia e seus aliados ocidentais, incluindo Estados Unidos e União Europeia, luta contra o Exército turco desde 1984.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que os dois criminosos "se infiltraram" na Turquia a partir da Síria, segundo a imprensa.
"Continuamos trabalhando para eliminar completamente o terrorismo na sua origem. Se a origem é a Síria, faremos o que for necessário lá, como já fizemos no passado", afirmou o chefe de Estado turco.
* AFP