A Promotoria da Filadélfia processou, nesta segunda-feira (28), o homem mais rico do mundo, Elon Musk, e seu comitê de apoio a Donald Trump para que suspenda a oferta de sortear US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,7 milhões) aos eleitores que se registrarem para votar nas eleições de 5 de novembro.
O processo civil contra o magnata e CEO de empresas como SpaceX e Tesla foi movido pelo promotor distrital Larry Krasner, um democrata, na Filadélfia, principal cidade do estado da Pensilvânia, muito disputado pelos candidatos presidenciais em uma das eleições mais acirradas da história.
Tanto o republicano Donald Trump quanto a democrata Kamala Harris são obrigados a ganhar no estado para chegar à presidência nas eleições de novembro.
"O promotor do Distrito da Filadélfia está encarregado de proteger o público das moléstias públicas e das práticas comerciais desleais, incluindo as loterias ilegais" e da "interferência à integridade das eleições", diz um comunicado do promotor.
Na semana passada, o Departamento de Justiça enviou uma carta ao Comitê de Ação Política (PAC) de Musk — uma entidade para arrecadar fundos para apoiar um candidato — alertando-o de que as doações poderiam violar a lei federal, que proíbe pagar pessoas para que se registrem para votar.
Musk, de 53 anos, que também é dono da rede X, dedicou dinheiro, tempo e influência para apoiar o candidato presidencial republicano desde que anunciou publicamente seu apoio em julho.
Segundo consta, Musk doou US$ 118 milhões (aproximadamente R$ 672 milhões de reais) por meio de seu comitê de apoio a Trump, cujos comícios compareceu para apoiá-lo.
Sua última presença foi no domingo (27) no Madison Square Garden de Nova York, onde o magnata falou para uma multidão em um estádio com capacidade para 20 mil pessoas.
Além de acompanhar Trump na Pensilvânia, Musk também organizou por sua conta uma série de reuniões com eleitores nesse disputado estado.
Musk, que antes apoiou Barack Obama, mas se tornou cada vez mais conservador nos últimos anos, publica mensagens no X, rede social em que tem 202 milhões de seguidores, nas quais defende Trump e critica a adversária, a vice-presidente democrata Kamala Harris.